F.A.Q. Análises Ambientais
Tire suas dúvidas com as respostas à perguntas frequentes.
Brancos: Os brancos passam pelo mesmo processo de extração das amostras a serem analisadas. O objetivo é verificar se a extração e a injeção estão livres de contaminação na extração e no sistema de análise.
LCS (Laboratory Control Sample): É utilizada para controlar e monitorar a performance de preparo, manuseio de itens de ensaio, condições do equipamento (calibração/operação), enfim todo o processo analítico global (extração/concentração/equipamento/análise).
Compostos “surrogates” são compostos geralmente deuterados ou sintéticos que não são encontrados no meio ambiente, portanto são adicionados nas amostras não ocasionando interferências/erros na análise.
Em todas as amostras injetadas, tais como a curva de calibração, checagem de curva, o branco, o LCS e as amostras enviadas pelos clientes são adicionados os compostos surrogates para checar o processo analítico global (extração / concentração / equipamento / análise).
O Limite de Quantificação é a concentração mínima de um determinado analito que pode ser quantificada com um nível de confiança aceitável (geralmente 95 ou 99%). Algumas vezes é também denominado “Limite de Determinação”.
A Linearidade é a habilidade de um método analítico produzir resultados que sejam iretamente proporcionais à concentração do analito em amostras, em uma dada faixa de concentração.
Os nossos Relatórios de Ensaio são padronizados para reportar os Limites de Quantificação dos parâmetros analisados, visto ser este o parâmetro de validação que indica a menor concentração do analito que pode ser determinada com um nível aceitável de precisão e exatidão (com 95% de confiança). Os valores para os Limites de Quantificação não são valores fixos, pois consideram várias variáveis relacionadas com o tipo de matriz trabalhada (sensibilidade do equipamento, pesagens, diluições, digestões e outras variações do preparo da amostra).
A determinação dos Hidrocarbonetos Totais de Petróleo por GC/FID tem como base o método EPA 8015 D. A quantificação é realizada observando-se as faixas dos carbonos e a identificação é feita através da comparação do perfil cromatográfico da amostra com o dos padrões de referência comercialmente disponíveis. Após a comparação e avaliação desses perfis, os resultados podem ser:
• Gasolina Querosene Óleo Diesel Óleo Lubrificante;
Quando o TPH é detectado
• Não se aplica;
Quando o TPH é detectado, porém o resultado obtido está abaixo do limite de quantificação
• Não combina;
Quando o TPH detectado apresenta um valor numa determinada faixa, mas o perfil cromatográfico da amostra não é igual ao perfil cromatográfico do padrão comercial.
Ressaltamos que a quantificação, quando aplicável, é realizada contra padrão certificado de n-alcanos das faixas correspondentes.
Compostos orgânicos voláteis, também conhecidos como COVs ou VOCs, são todos os compostos que possuem carbono na composição e que apresentam uma pressão de vapor elevada sendo que muitos deles evaporam rapidamente em temperatura ambiente. Possuem temperatura de ebulição entre 30 ºC até ± 220 ºC, como por exemplo, diclorometano (T. E. = 41 ºC).
São compostos orgânicos que tem um ponto de ebulição superior ao da água e que podem vaporizar quando expostos a temperaturas acima da temperatura ambiente. Os SVOCs incluem uma variedade de produtos químicos, que podem ter curto e longo prazo de efeitos adversos à saúde.
O nível trófico é a posição que o organismo ocupa na cadeia alimentar dentro de um ecossistema. Quando o CONAMA 430 pede para testar em pelo menos dois níveis tróficos, o objetivo é aumentar a representatividade dos resultados e avaliar seu impacto, caso haja, em diferentes elos da cadeia alimentar do ecossistema aquático em que será lançado o efluente. De maneira geral temos:
Produtores: São representados pelos organismos autotróficos, geralmente fotossintetizantes. Em um ecossistema aquático são principalmente as algas. O ensaio de toxicidade com algas
Scenedesmus ou Pseudokirchneriella são exemplos de ensaios de organismos com este nível trófico.
Consumidor primário: São organismos heterotróficos, que se alimentam de produtores (Herbívoros). Em um ecossistema aquático são representados principalmente por organismos do zooplâncton. Os ensaios com microcrustáceos Daphnia (agudo) ou Ceriodaphnia (crônico) são exemplos de ensaio neste nível trófico.
Consumidor secundário: São organismos heterotróficos, que, na cadeia alimentar, se alimentam de consumidores primários. Dentro de ecossistema aquático muitas especies de peixes ocupam este nível trófico. Os ensaios de toxicidade em peixes Danio Rerio ou Pimephales Promela representam testes neste nível trófico.
Decompositores: São os organismos que se alimentam da matéria orgânica em decomposição. As bactérias e fungos são os principais representantes em um ecossistema aquático. O ensaio de toxicidade com Vibrio Fischeri – Microtox, é um exemplo de ensaio que representa este nível trófico.
É a quantidade de oxigênio necessária para oxidação da matéria orgânica de uma amostra por meio de um agente químico, como o dicromato de potássio. Os valores da DQO normalmente são maiores que os da DBO.
A DQO é um parâmetro indispensável nos estudos de caracterização de esgotos sanitários e de efluentes industriais. A DQO é muito útil quando utilizada conjuntamente com a DBO para observar a biodegradabilidade de despejos.
Sabe-se que o poder de oxidação do dicromato de potássio é maior do que o que resulta mediante a ação de microrganismos, exceto raríssimos casos como hidrocarbonetos aromáticos e piridina. Desta forma, os resultados da DQO de uma amostra são superiores aos de DBO. Como na DBO mede-se apenas a fração biodegradável, quanto mais este valor se aproximar da DQO significa que mais biodegradável será o efluente.
É comum aplicar-se tratamentos biológicos para efluentes com relações DQO/DBO5,20 de 3/1, por exemplo. Valores muito elevados desta relação indicam grandes possibilidades de insucesso, uma vez que a fração biodegradável torna-se pequena, tendo ainda o tratamento biológico prejudicado pelo efeito tóxico sobre os microrganismos exercido pela fração não biodegradável.
A importância de analisarmos a DQO é para a previsão das diluições das amostras na análise de DBO. Como o valor da DQO é superior e o resultado pode ser obtido no mesmo dia da coleta, essa variável poderá ser utilizada para balizar as diluições. No entanto, deve-se observar que a relação DQO/DBO5,20 é diferente para os diversos efluentes e que, para um mesmo efluente, a relação altera-se mediante tratamento, especialmente o biológico.
Desta forma, um efluente bruto que apresente relação DQO/DBO5,20 igual a 3/1, poderá, por exemplo, apresentar relação da ordem de 10/1 após tratamento biológico, que atua em maior extensão sobre a DBO5,20.
São definidos como microrganismos do grupo coliforme capazes de fermentar a lactose a 44-45°C, sendo representados principalmente pela Escherichiacoli e, também por algumas bactérias dos gêneros Klebsiella, Enterobacter e Citrobacter. Dentre esses microrganismos, somente a E.coli é de origem exclusivamente fecal, estando sempre presente, em densidades elevadas nas fezes de humanos, mamíferos e pássaros, sendo raramente encontrada na água ou solo que não tenham recebido contaminação fecal.
Os demais podem ocorrer em águas com altos teores de matéria orgânica, como por exemplo, efluentes industriais, ou em material vegetal e solo em processo de decomposição. Podem ser encontrados igualmente em águas de regiões tropicais ou sub-tropicais, sem qualquer poluição evidente por material de origem fecal.
Entretanto, sua presença em águas de regiões de clima quente não pode ser ignorada, pois neste caso não pode ser excluída a possibilidade da presença de microrganismos patogênicos.
Os coliformes termotolerantes não são, dessa forma, indicadores de contaminação fecal tão bons quanto a E.coli, mas seu uso é aceitável para avaliação da qualidade da água. São disponíves métodos rápidos, simples e padronizados para sua determinação, e, se necessário, as bactérias isoladas podem ser submetidas a diferenciação para E.coli. Além disso, na legislação brasileira, os coliformes fecais são utilizados como padrão para qualidade microbiológica de águas superficiais destinadas ao abastecimento, recreação, irrigação e piscicultura.
Bayler é um amostrador de polietileno descartável e individual. Coleta com bayler consite em colocá-lo no ponto de coleta (poço) para que a água presente seja trazida até a superfície e acondicionada nos frascos que serão enviados ao laboratório.
O procedimento se baseia na amostragem por meio da adoção de uma baixa velocidade de entrada de água na bomba de bexiga ou através da bomba peristáltica, sendo o controle da vazão acompanhado pelo rebaixamento do nível da água durante o bombeamento realizado. Este monitoramento pode ser realizado através da utilização de uma sonda elétrica para medição contínua do nível da água em cada poço.
Paralelamente ao acompanhamento do rebaixamento do nível da água, visando garantir a adoção da baixa vazão, deve se realizar o monitoramento de parâmetros indicadores da qualidade da água (pH, condutividade elétrica, temperatura, potencial de redox e oxigênio dissolvido). Este monitoramento visa determinar o momento em que a água da formação está sendo acessada durante a purga de cada poço e estabelecer assim, o instante ideal para que a amostragem seja efetuada. Após a estabilização dos parâmetros em cada poço, a mangueira de polietileno acoplada à bomba deve ser desconectada da célula de fluxo e a água bombeada despejada diretamente nos frascos destinados ao armazenamento das amostras.
O tempo para amostragem de cada poço depende diretamente do controle do rebaixamento do nível da água e da estabilização dos parâmetros indicadores, que por sua vez são condicionados pelas características hidrogeológicas locais e pelas características construtivas dos poços.
Resolução SMA – 90, de 13-11-2012
Dispõe sobre os requisitos dos laudos analíticos submetidos aos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais – SEAQUA. A SMA nº 90, de 13 de novembro de 2012 foi revogada pela SMA 100
Resolução SMA/SP nº 100/2013
Regulamentadas as exigências para os resultados analíticos a serem apreciados pelos órgãos integrantes do SEAQUA para subsidiar o exercício de controle, monitoramento e a fiscalização das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que possam causar degradação ambiental. A Mérieux NutriSciences possui acreditação para atender à resolução SMA – 100.
A evidência da acreditação, tanto da amostragem, quanto do ensaio, somente se dará pela existência do símbolo de acreditação da Coordenação Geral de Acreditação – CGCRE no(s) relatório(s) de ensaio(s). Serão também aceitos relatórios de ensaio contendo os símbolos de acreditação dos organismos internacionais que façam parte dos acordos de reconhecimento mútuo dos quais o INMETRO é signatário.
A análise de Gosto e Odor Qualitativa, como o próprio nome diz, é uma análise qualitativa (subjetiva) do gosto e odor, ou seja, ao sentir qualquer odor da água, diferente do odor característico, o resultado é reportado como “Objetável”. Se, ao contrário, não for perceptível nenhum odor na água, o resultado é reportado como “Não objetável”.
No entanto a Portaria 2914/2011 que regulamenta os contaminantes da água para consumo humano foi revisada no final de 2011 e modificou a análise deste parâmetro, especificando esta análise como análise sensorial. O Valor Máximo Permitido não é mais informado como resultado qualitativo e sim quantitativo (intensidade). Neste caso, o método aplicado deve ser o “Odor (Análise Sensorial)”, que já é uma análise acreditada.
Mas é interessante saber que a Portaria 2914, pede a análise de Gosto e Odor. Porém, como prestadores de serviço, somente somos acreditados para a avaliação do Odor.
Para a análise sensorial do Gosto, é necessário provar a amostra e, portanto, não se aplica aos prestadores de serviço. A análise sensorial do Gosto aplica-se somente às empresas produtoras de água tratada.
Funcionários dedicados à amostragem e às atividades de campo são constantemente atualizados e treinados em conformidade com as regulamentações vigentes. As equipes operacionais da seção ambiental da Mérieux NutriSciences possuem carros amplos e devidamente equipados e um estacionamento para vans para o transporte de ferramentas de amostragem de medição, contêineres para amostragem e amostras.